CORPOS PLURAIS: experiências possíveis
Carla Fernanda da Silva e Celso Kraemer (Orgs.)
(Editora Liquidificador, 2012)
Vendas: http://lujinhadearte.lojaintegrada.com.br/corpos-plurais
Um livro-experiência. É desta forma que
podemos designar o livro Corpos Plurais: experiências possíveis,
onde buscamos cartografar nossa convivência de pesquisa sobre o Corpo, Gênero e
Arte, dividida, incentivada, debatida, provocada por alunos e amigos. Diálogos
em que nossa curiosidade transitou entre o ingênuo e o olhar sutil e perspicaz,
por vezes malicioso, de pesquisadores e acadêmicos.
É também a história de amizades, construídas entre salas e
corredores da universidade e, claro, mesas de bares: espaços de saber. Lugares
que provocaram conversas que oscilaram entre o absurdo e o terrivelmente sério,
mas acima de tudo provocaram nossa curiosidade e o desejo de conhecimento. Estes
espaços-experiências também foram nossos momentos de convívio com as
demais experiências-autoras desse
livro. Com alguns dividimos palestras ou conversas, de outros seus textos,
pesquisas, exposições ou apresentações.
Por isso estas pessoas estão aqui reunidas, pois fizeram parte de nosso percurso-pesquisa: Ana Russi, Dulceli Estacheski,
Édio Raniere, Fabiele Lessa, Gregory Haertel, Ilze Zirbel, Marilei Schreiner, Marlon Salomon e Rubens da Cunha.
O
Corpo é o eixo central do livro, espaço onde ocorrem as experiências de gênero
e arte. A experiência de mundo passa pelo corpo. Falar isso não é tão
difícil. Mas colocar isso na base de um sistema epistemológico é bem mais
desafiador. Para compreendê-lo fizemos um longo caminho de estudo, pois também
somos herdeiros de uma ‘verdade’ dual que divide e hierarquiza corpo e mente.
Desconstruir crenças sedimentadas em nós por quase uma vida, desalojar velhos
conceitos, colocar-se no aberto, desabrigados e desalojados das verdades da
tradição, tudo isso se fez necessário. Este caminho foi construído em
experimentações coletivas, experimentações solidárias, experimentações de troca
e parceria, apoios e cumplicidades.
Nas trocas
afetivas, cognitivas, estéticas e éticas a que estamos acostumados em nossa
sociedade ocidental, naturalizaram em nós uma divisão do ser humano em corpo e
mente, ou corpo e alma. À mente/alma é atribuída certa superioridade em relação
ao corpo. Na tradição de nosso ethos
o corpo é pensado como espaço do instinto, do descontrole, do mal e do pecado.
Muitas vezes, resta-lhe o desprezo; em tantas outras vezes, é o corpo o espaço
da manobra, da expropriação, do uso, sobre o qual incidem as estratégias, os
dispositivos e as tecnologias de poder.
Nessa tradição tornou-se verdade evidente
e inequívoca de que é por meio da mente que ‘verdadeiramente’ conhecemos o
mundo. Estabeleceu-se, assim, uma hierarquia entre mente e corpo. É no interior
destas crenças que se põe o desafio de promover o debate sobre o Corpo, desafio
de possibilitar o reconhecimento da dualidade que nos é atribuída, estudá-la e
investir em experimentações que sejam formas de inverter o modo de compreensão.
Nestas experimentações do devir corpo
foi que também percebemos a necessidade de estabelecer novos espaços de
diálogo, de estendermos o horizonte da possibilidade para além dos atuais muros
da Universidade; sentir, capturar e ver em nosso redor as experiências possíveis
do corpo e compreender a pluralidade e sensibilidade das experiências humanas.
E como Nietzsche, pensar o corpo como espaço de experiência, onde o
conhecimento é produzido: é isso que Corpos Plurais: experiências possíveis pretende
apresentar aos leitores. A escrita como uma possibilidade do compartilhar
ideias e mudar realidades injustas. Ideias que se fazem presentes nas palavras
que compõem o texto e, também, nas entrelinhas e espaços entre as letras. Preto
no branco! Ou, o branco/vazio que transborda por entre os traços negros e
formatados das letras impressas.
Sumário:
Gênero
e Estudos Feministas no Brasil
Ilze
Zirbel
Questões de Gênero:
Mulheres Invisíveis, Homens em Evidência
Dulceli de Lourdes Tonet Estacheski
Subjetividade e Prostituição: Poder-Prazer no Capitalismo
Celso Kraemer
A Produção da Heteronormatividade na Escola
Marilei
Teresinha Schreiner
Homoafetividades Femininas em
Blumenau:
Cartografias Possíveis
Carla Fernanda da Silva, Celso Kraemer e Fabiele
Lessa
O Corpo, a Leitura e a
Técnica
Marlon
Salomon
A
Escrita-Corpo de Hilda Hilst
Rubens
da Cunha
Vivência Corporal e
Musicalidade:
Trabalhando
a Diversidade em um Grupo
de Dança da Educação Especial
Ana Paula Russi
O Corpo em “Volúpia”
Gregory
Haertel
Escrever o Caos com Luz
Édio Raniere
Escritos da Carne:
Fotografia como Possibilidade de Repensar o Erótico na Contemporaneidade
Carla Fernanda da Silva
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Livronauta (site): http://www.livronauta.com.br
Livraria Livros e Livros (Florianópolis): http://www.livroselivros.com.br
Book Center (Blumenau): Rua Sete de Setembro, 1035 - Centro. Fone: (47) 3322-8952
Entrevista sobre o livro:
Programa de TV Cidadania em
Debate - SINSEPES/FURB:
Bloco 1: http://www.youtube.com/watch?v=WyGJdFrMO7kBloco 2: http://www.youtube.com/watch?v=PY3JA24LmcM
Lançamentos e Mesas redondas:
Aliança Francesa de Blumenau
lança livro: com palestra e exposição fotográfica
Mesa redonda e lançamento do
livro na FURB:
Lançamento no Fazendo Gênero 10,
em Florianópolis:
Lançamento promovido pela ABRAPSO
– Associação Brasileira de Psicologia Social, no XVII Encontro Nacional de
Práticas Sociais, Políticas Públicas e Direitos Humanos
http://www.encontro2013.abrapso.org.br/conteudo/view?ID_CONTEUDO=777
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GRAFIAS DA LUZ: A narrativa visual sobre a cidade na Revista Blumenau em Cadernos.
Carla Fernanda da Silva (Edifurb, 2009).
Vendas: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=22015437&sid=20013533312914481757160432&k5=F38B3AB&uid=
Neste livro, originalmente defendido como dissertação de mestrado, a autora analisou e discutiu as fotografias constantemente repetidas na revista Blumenau em Cadernos. Neste suporte, as fotografias selecionadas nas edições deste periódico vão delimitando e construindo um espaço de referência histórica à cidade de Blumenau, selecionando lugares de memória e sujeitos históricos. A fotografia, por sua constituição imagética, tem um efeito singular no ato rememoração, na repetição da memória.

Enfim, buscou-se mostrar nesta pesquisa a cidade que fotógrafos e editores da revista Blumenau em Cadernos escolheram para mostrar ao público. Uma cidade pensada a partir da lógica do progresso, dos vencedores. Trazer à tona o discurso implícito nesta narrativa visual é uma forma de questionar esta história reproduzida na seqüência de fotografias. É pensar a história a contrapelo, para que possamos vislumbrar outros aspectos dos intricados acontecimentos históricos que, por vezes, a tradição e a história oficial tendem a encobrir. As fotografias não nos apresentam o passado como de fato ele foi, mas sim uma reminiscência, muitas vezes conformada na tradição historicista. Assim, pensar uma nova forma de leitura dessas fotografias, é uma forma de repensar a história por elas representadas, pensar a história a partir da leitura impressa pelos vencedores, e descobrir a história encoberta daqueles que não tiveram oportunidade de escrevê-la.
Onde adquirir:
Livraria Cultura - http://www.livrariacultura.com.br/
Livraria Leonardo da Vinci - http://www.leonardodavinci.com.br/
Livraria Universitária FURB (Blumenau) - Rua Antônio da Veiga, 140, Victor Konder.
É fruto de uma série de encontros
organizados pelo Coletivo Clio no Cio, um grupo de pessoas dedicadas à
discussão e pesquisa sobre o corpo, imersos no cio do conhecimento
proporcionado pelo encontro corpo-a-corpo. Provocativo desde o início, o
objetivo do coletivo foi fomentar pesquisa e propiciar uma reflexão mais
aprofundada e crítica sobre o corpo, ao pensá-lo como objeto móvel em suas
relações nas incontáveis esferas do saber. Portanto, neste livro, pode-se
facilmente denotar matizes de desenvolvimento de pesquisas sobre o tema.
Fernando Santoro, José Roberto Severino, Celso Kraemer, Carla Fernanda da
Silva, Viegas Fernandes da Costa, Iáscara Oara de Jesus e Rosane Magaly Martins
trazem textos que permitem iniciar múltiplas discussões, que se desdobram em
mecanismos de deslocamentos do corpo contemporâneo: o que é este corpo, o que
se faz dele, por quê, para que e para quem.
Livraria Universitária FURB (Blumenau) - Rua Antônio da Veiga, 140, Victor Konder.
Saiba mais:
Jornal de Santa Catarina: “O que
a foto esconde”
Portal FURB – Biblioteca
Universitária
Lançamentos e Palestras:
Blumenau/SC - Universidade
Regional de Blumenau - FURB (Palestra - aula inaugural do curso de história). Divulgação no Portal da FURB, Centro Acadêmico
de História/FURB e blog Plantão Blumenau:
Londrina/PR – Universidade
Estadual de Londrina (III Encontro Nacional de Estudos da Imagem, 2011). http://www.uel.br/eventos/eneimagem/2011/webroot/files/programacao.pdf
Chapecó/SC - Universidade de
Chapecó (UNOCHAPECÓ) - Encontro Estadual de História, promovido pela ANPUH/SC. http://www.anpuh-sc.org.br/encontro_estadual_2010.htm
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CLIO NO CIO: escritos livres sobre o corpo.
Carla Fernanda da Silva (org). Editora Casa Aberta, 2010.
O livro Clio no cio: escritos livres
sobre o corpo, organizado por Carla Fernanda da Silva, mestre em História
Cultural (UFSC) e professora do curso de História da Universidade Regional de
Blumenau (FURB), reúne oito escritos entre artigos e ensaios de autores que
dialogam com temáticas relacionadas ao corpo e à história na literatura,
filosofia, moda, gerontologia, educação, cinema e arte.

Reunindo textos e imagens, o livro
permite mostrar, sobretudo, as formas de disciplinamento, controle, intervenção
e produção do corpo, problematizando-o desde os primórdios até a
contemporaneidade, não como algo unicamente biológico, entretanto, como algo
historicamente constituído. Enfim, faz o leitor perceber como o corpo foi e é
sujeitado, como determinadas formas do corpo são proliferadas, quem o submete e
alguns dos mecanismos de poder que atuam sobre este corpo. Instiga um olhar
para Si e para o Outro, assim elucida “as atitudes diversas sobre o corpo, que
mesclam liberdade, disciplinamento, vergonha, medo, rejeição, desejo, transgressão,
aceitação, modificação, etc. e que nos possibilita olhar o outro e a nós, sem
receios e sem vergonha.”
A diversidade de recortes e
problemáticas faz com que “Clio no cio: escritos livres sobre o corpo”, possa
ser fruído e discutido pelas mais diversas áreas das ciências humanas, como
história, literatura, educação, moda, porém também, e por que não, de outros
campos de conhecimento que estabelecem analogias com o corpo em seu ambiente de
estudo.
Onde adquirir:
Livraria Casa Aberta (Itajaí/SC)
Livraria Livros e Livros – UFSC (Florianópolis)
Estante Virtual: www.estantevirtual.com.br